quarta-feira, 18 de agosto de 2010

PRECONCEITO

Segunda-feira, 09 de Agosto de 2010
HOMOFOBIA NO IRÃ
Condenado à morte
Jovem de 18 anos é condenado à morte por crime de homossexualidade pelas autoridades do Irã
por Redação MundoMais

ReproduçãoJovens homossexuais condenados à morte no Irã

IRÃ – O advogado ativista dos Direitos Humanos Mohammad Mostafaei denunciou a condenação de Ebrahim Hamidi, 18, por crime de sodomia no Irã. De acordo com a pena, Hamidi seria enforcado.

O advogado Mostafaei denunciou às autoridades dos Direitos Humanos que o juiz que deu a condenação não tem provas conclusivas sobre a suposta homossexualidade do jovem. Apenas se respaldou em uma brecha da lei iraniana.

Após a denúncia, o advogado seguiu para a Noruega, onde conseguiu exílio. Mostafaei também é o advogado da iranianaSakineh Mohammadi Ashtian, 43, condenada a morrer por apedrejamento por crime de adultério.

O caso ganhou repercussão no Brasil, após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva oferecer asilo político a Sakineh, e manter estreitas relações diplomáticas com o presidenteMahmoud Ahmadinejad. Na defesa do jovem, o advogado diz que seu cliente não é gay. Alega ainda que o juiz não tem como provar nada sobre a orientação sexual de Ebrahim Hamidi. O jovem teve que confessar ser homossexual sob tortura.

A prisão – De acordo com as informações do advogado, Ebrahim Hamidi foi preso há dois anos depois de se envolver em uma briga entre vizinhos. Para condená-lo, um dos envolvidos na confusão o “acusou” de ser gay por tê-lo assediado sexualmente. No entanto, desmentiu em seguida, mas a justiça do Irã não aceitou. Com o advogado Mostafaei no exílio na Noruega, ativistas estão preocupados com a vida de Ebrahim Hamidi.

Intolerância iraniana – De acordo com as leis iranianas, quem cometer o crime de “sodomia” pode ser enforcado ou apedrejado até a morte. Outras penalidades são aplicadas para dois homens que durmam juntos na mesma cama, sob o mesmo cobertor. Quem cometer este “crime”, levará 99 chibatadas. O mesmo procedimento é feito caso algum jovem seja violentado sexualmente e, no tribunal, for constatado que a vítima “apreciou” a experiência.

Solicitação – Nesta quarta-feira, 10, o presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) Toni Reis encaminhou um ofício ao presidente Lula no qual solicita o posicionamento oficial do governo brasileiro condenando esta postura do Irã em desrespeito aos Direitos Humanos. Reis pede que o presidente Lula se pronuncie da mesma forma como agiu com Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada à morte a pedradas sob alegação de adultério. Veja o ofício na íntegra:

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