quinta-feira, 7 de julho de 2011

Quinta-feira, 07 de Julho de 2011
C e l e b r i d a d e
É inspirador!
Brad Pitt demonstra contentamento com aprovação do casamento gay em Nova York.
por Redação MundoMais

O colírio Brad Pitt, atuando em causas gays.O colírio Brad Pitt, atuando em causas gays.

Quinta-feira, 07 de Julho de 2011
#Eu sou gay!
Está no ar o vídeo do Projeto, que visa o amor e respeito ao próximo. Confira!
por Redação MundoMais

Já está no ar o vídeo da campanha #EuSouGay, idealizada pela jornalista Carol Almeida, e lançada no último mês de abril. OMundoMais ajudou a divulgar o Projeto aqui.

Para participar da campanha, pessoas tinham que segurar um cartaz com a frase #EuSouGay. A videomontagem foi editada pelo premiado cineasta Daniel Ribeiro, diretor de curtas como "Café com Leite" (2007) e "Eu Não Quero Voltar Sozinho" (2010). A música de fundo foi composta por Tatá Aeroplano e Gustavo Galo, e gravada pela Trupe Chá de Boldo.

Entre 12 de abril, quando foi lançada, e 8 de maio, a campanha recebeu 2.500 fotos. Sim, se trata de uma afirmação, de uma postura positiva, solar e feliz. Postura que pessoas de todo o Brasil (e até fora dele) assumiram ao entender que ser gay hoje vai muito além do nome que emoldura uma orientação sexual. Pessoas que, pelo amor e respeito ao próximo, levantaram essa mensagem e mostraram seus rostos, diz texto postado no blog do projeto.

Para enviar foto: projetoeusougay.tumblr.com

Para saber sobre o projeto: projetoeusougay.wordpress.com

Quarta-feira, 06 de Julho de 2011
TO
Pensão para transex
Justiça autoriza pensão por morte de companheiro a doméstica transexual, após recusar pedido em 2009.
por Redação MundoMais

Sara ouve, nesta terça-feira (5), decisão do juiz autorizando pagamento de pensão por morte de companheiro.Sara ouve, nesta terça-feira (5), decisão do juiz autorizando pagamento de pensão por morte de companheiro.

TOCANTINS - A Justiça Federal decidiu, nesta terça-feira (5), autorizar o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) a pagar pensão por morte a uma transexual, que teve o pedido negado pelo instituto em 2009. O benefício foi concedido para Neurival Gomes de Lima, 35 anos, conhecida como Sara. Ela viveu 12 anos com o motorista Ercivaldo Pereira Soares, que morreu em 26 de março de 2009. Cabe recurso da sentença.

A decisão foi tomada dois meses após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter reconhecido, por unanimidade, a união estável entre casais do mesmo sexo como entidade familiar. Na prática, as regras que valem para relações estáveis entre homens e mulheres serão aplicadas aos casais LGBTs. Com a mudança, o Supremo cria um precedente que pode ser seguido pelas outras instâncias da Justiça e pela administração pública.

Estou muito feliz, alegre e me sentindo bem com a decisão do juiz, disse Sara, após a audiência realizada na manhã desta terça-feira, em Palmas. Ela vive em Gurupi, onde morou com o Ercivaldo até ele não suportar o tratamento de câncer no intestino e falecer há pouco mais de dois anos.

A pensão por morte foi assinada pelo juiz federal Adelmar Aires. Na audiência, ele tentou fazer uma conciliação, o que não foi possível. O valor da pensão foi estipulado em um salário mínimo e deve sofrer correção monetária. A decisão considera o pagamento retroativo ao período do pedido do benefício. O descumprimento da decisão prevê multa diária de R$ 100.

No processo, as advogadas de Sara apresentaram documentos que comprovavam a união entre a doméstica e o motorista. Mostramos fotos e contas de água e de luz que vinham em nome de cada um deles, o que mostra que viviam no mesmo endereço. Eles até tinham uma conta conjunta em um banco, que usavam para pagar essas contas da casa, disse a advogada Karine Kurylo Câmara.

Durante a audiência, duas testemunhas, amigas do casal Sara e Ercivaldo, prestaram depoimento e atestaram que os dois viviam juntos.

Sara disse que entrou com pedido de pensão por morte no INSS em abril de 2009, que foi negado sob a alegação de que não havia comprovação de união estável entre Sara e Ercivaldo. Eu preciso dessa pensão porque meu marido não me deixava trabalhar por causa do preconceito, que era muito grande em Gurupi. Hoje, isso é mais leve e não tem tanto. Só agora, depois que ele morreu é que passei a trabalhar para me sustentar.

Terça-feira, 05 de Julho de 2011
Doença antinatural
Ministro da Saúde da Índia afirma que homossexualismo é uma doença, Declaração gerou protestos de ativistas gays.
por Redação MundoMais

O ministro da Saúde da Índia, Ghulam Nabi Azad, gerou uma polêmica no país após ter dito, em uma conferência sobre a Aids, que o homossexualismo é uma "doença" que atinge cada vez mais pessoas. Ativistas disseram que as declarações são um atraso e prejudicam o debate no país.

"A doença dos homens que praticam sexo com outros homens é antinatural e não é boa para a Índia. Não somos capazes de identificar onde está ocorrendo", disse Azad nesta segunda-feira (4).

"É fácil encontrar as trabalhadoras do sexo e conscientizá-las sobre o sexo seguro, mas é um desafio encontrar os homossexuais", acrescentou Azad, em declarações publicadas nesta terça-feira pela agência indiana Ians.

Até 2009, o homossexualismo podia ser punido com até dez anos de prisão. Apesar de não existir mais esta lei, grande parte da sociedade continua alimentando preconceitos e discriminando este coletivo.

"É surpreendente que o ministro da Saúde deste país faça um comentário assim", declarou à Ians o ativista Mohnish Malhotra, um dos organizadores do "Dia do Orgulho Gay" na Índia.

Há na Índia cerca de 2,5 milhões de pessoas contaminadas pela Aids.

A conferência na qual Azad deu as polêmicas declarações teve a presença do primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, e da líder do governamental Partido do Congresso, Sonia Gandhi.

Terça-feira, 05 de Julho de 2011
Lugar de família!
Casal gay perde processo por homofobia, contra a doceria Ofner.
por Redação MundoMais

Lúcio (foto) e o namorado foram repreendidos nas dependências da Ofner.Lúcio (foto) e o namorado foram repreendidos nas dependências da Ofner.

SÃO PAULO - O juiz Marco Antonio Botto Muscari, da 4ª Vara Cível do Jabaquara, julgou improcedente o pedido de indenização por danos morais feito pelo gerente de vendas Lúcio Henrique Serrano contra a doceria Ofner, localizada no bairro dos Jardins.

Em novembro do ano passado, Lúcio e o namorado, Marcelo, teriam sido repreendidos por um segurança da loja após se abraçarem. O funcionário teria dito que "isso aqui [a doceria] é um lugar de família". Em seguida, o mesmo segurança disse que "dois homens se pegando é coisa de bicha". O casal resolveu processar a doceria com base na lei 10.948, que pune administrativamente estabelecimentos que discriminam homossexuais no Estado de São Paulo.

Em dezembro, um beijaço organizado pelo grupo virtual Ato Anti-Homofobia reuniu cerca de 100 pessoas para protestar contra a Ofner. Na época, o gerente da loja, Laury Roman, lamentou o caso e disse que a empresa não discriminava ninguém.

Em sua sentença, o juiz Muscari observou que "ninguém, em sã consciência, é capaz de afirmar atualmente que dois homens ou duas mulheres não possam abraçar-se em local público. Tampouco é possível validar conduta de quem, diante de manifestação de carinho como essa, tente coibir aqueles que meramente se abraçam. A prova oral, em casos como o de que tratamos, é decisiva."

Na opinião do juiz, Lúcio e Marcelo "não conseguiram provar satisfatoriamente os fatos constitutivos do seu alegado direito". Na audiência realizada nesta segunda-feira (4), o casal levou o padre Carlos Alberto, da Igreja Nossa Senhora de Lourdes, para servir como testemunha do caso.

Lúcio e Marcelo pediam R$ 56 mil de indenização.O gerente de vendas explicou que a intenção de processar a Ofner "nunca foi motivada por dinheiro" e que uma das exigências era que a empresa doasse parte da indenização à igreja que ele e o namorado frequentam.

Ainda de acordo com Lúcio, o casal ainda não decidiu se irá recorrer da decisão do juiz.

Segunda-feira, 04 de Julho de 2011
Visita íntima
Conselho recomenda que detentos gays tenham direito à visita íntima. Resolução é de órgão ligado ao Ministério da Justiça.
por Redação MundoMais

Uma resolução do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP) foi publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (4) , para que os detentos gays tenham direito à visita íntima nos presídios do país.

A recomendação do conselho ligado ao Ministério da Justiça sobre a "população carcerária LGBT" é direcionada aos departamentos penitenciários estaduais ou órgãos congêneres.

A resolução ressalta que "o direito de visita íntima, é, também, assegurado às pessoas presas casadas entre si, em união estável ou em relação homoafetiva". Segundo o texto, a direção do estabelecimento prisional "deve assegurar a pessoa presa visita íntima de, pelo menos, uma vez por mês."

Segunda-feira, 04 de Julho de 2011
Jovens terroristas
Suspeito de racismo foi condenado por bomba em Parada Gay de SP. Ele e mais quatro foram detidos por suspeita de agressão no domingo.
por Redação MundoMais

O material apreendido pela Polícia: desde machados a cinto com soco inglês.O material apreendido pela Polícia: desde machados a cinto com soco inglês.

SÃO PAULO - Um dos cinco presos por suspeita de racismo e agressão a negros na região central de São Paulo na madrugada de domingo (3,) já havia sido condenado pela Justiça por crime de intolerância.

Guilherme Witiuk Ferreira de Carvalho, o Chuck, de 21 anos, pegou dois anos de prisão por chefiar uma gangue neonazista, nomeada "Impacto Hooligan", que praticaria crimes violentos contra homossexuais e punks.

O jovem e um colega dele foram condenados por associação criminosa em setembro do ano passado, mais de um ano após o atentado que deixou ao menos 13 feridos. Segundo a polícia, o grupo de Guilherme jogou o artefato em 14 de junho de 2009, por volta das 21h40, na Avenida Vieira de Carvalho, esquina com a Rua Vitória. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou o nome do preso.

Na madrugada deste domingo, policiais civis da 1ª Delegacia Seccional passavam de carro pela Rua Vergueiro, na região da Aclimação, quando um homem de 34 anos acenou pedindo ajuda. Ele disse que tinha sido agredido por um grupo de jovens, que também bateram em mais três de seus amigos. Os suspeitos, com idades entre 18 e 21 anos, foram localizados e presos em seguida pelos policiais, que os conduziram ao 5º Distrito Policial, na Aclimação. Segundo a polícia, outros quatro suspeitos correram ao notar a aproximação do carro.

Durante depoimento, as vítimas contaram que, enquanto recebiam socos e pontapés, os agressores gritavam xingamentos e frases de preconceito, além de ameaçá-los de morte. De acordo com a Polícia Civil, com os presos foram apreendidos três machados, quatro punhais, um facão, uma caneta de ferro com duas pontas e um cinto com soco inglês como fivela.

Um dos agressores vestia uma camiseta preta com uma cruz celta cercada pela inscrição "white pride world wide"(orgulho branco ao redor do mundo, em uma tradução livre para o português), que foi adotada como slogan por grupos skinheads neonazistas de todo o mundo. Outro a trajava uma jaqueta verde que trazia bordada nas costas a palavra skinheads e as iniciais da gangue liderada por Guilherme.

Um operador de 34 anos, um orientador socioeducativo de 31 e dois estudantes, com 20 e 21 anos, foram atacados pelo grupo na altura do número 1.420 da Rua Vergueiro, ao lado da Estação Paraíso do Metrô. Com exceção da estudante de 20 anos, todas as outras vítimas têm pele parda.

De acordo com a polícia, os cinco detidos foram indiciados por tentativa de homicídio, injúria racial e formação de quadrilha. O grupo foi transferido para o 2º DP, no Bom Retiro, onde aguardava vaga em um Centro de Detenção Provisória.

Relembre o atentado ocorrido durante a Parada em 2009:

Sexta-feira, 01 de Julho de 2011
O mundo do meu jeito!
Ousado e polêmico, o fotógrafo Jorge Beirigo fala de seu contato com o público LGBT, e revela que 68% de seus modelos são gays.
por Redação MundoMais

Beirigo recebe o carinho do público e da mídia, durante a Parada Gay.Beirigo recebe o carinho do público e da mídia, durante a Parada Gay.

Ele acaba de completar 23 anos, nasceu em São Paulo e tem um visual marcante. Começou sua carreira atuando na TV, e hoje, destaca-se na mídia através de suas fotografias ousadas e polêmicas. Estamos falando do fotógrafo Jorge Beirigo.

Na última semana, Beirigo esteve presente na Parada Gay de São Paulo, na blitz da grife W For Up - www.wforup.com.br - com artistas e belos modelos. Lá, ele pôde ter contato com o público e receber o carinho daqueles que curtem o seu trabalho.

"Foi muito gostoso receber o carinho da galera. Sei que não posso agradar a todos, mas... Eu nasci pra incomodar." - disse Beirigo.

Em uma entrevista concedida a uma mídia da Argentina, o repórter questionou Beirigo sobre algumas críticas dos seus últimos trabalhos:

“Eu não vou copiar trabalho de nenhum fotógrafo, não vou usar modelos que todas as marcas usam... Prefiro fechar os olhos e imaginar o mundo do meu jeito. Quem é sábio e tem opinião formada sabe que arte, cada um tem a sua. Posso não agradar a todos, mas sei que tenho uma boa legião de fãs e o carinho deles move meu sangue... E outra, sempre que falam de mim, meu nome e meu trabalho ficam mais evidentes” – declarou o fotógrafo.

Beirigo e seus modelos, na blitz da grife W for UP, durante a Parada Gay.Beirigo e seus modelos, na blitz da grife W for UP, durante a Parada Gay.

Outro detalhe curioso revelado por Beirigo, é sua preferência em trabalhar com modelos homens gays. Ele diz que 68% dos homens que fazem parte do seu elenco são homossexuais.

“Os modelos gays são mais atenciosos, comunicativos, se preocupam com a aparência e o melhor... Não ficam iguais a um cão no cio dando em cima das modelos.”

Vale a pena conferir o facebook do photographer (www.facebook.com/profile.php?id=100000450457849) e ver os modelos em fotos interessantíssimas de trabalhos e bastidores.

Assista o vídeo da blitz W for Up:

Confira a performance de Jorge Beirigo por ele mesm

Quinta-feira, 30 de Junho de 2011
China
Cura anti-gay
Gays chineses denunciam tratamentos médicos para curar homossexualidade.
por Redação MundoMais

Na China, a homossexualidade foi considerada uma doença mental até 2001.Na China, a homossexualidade foi considerada uma doença mental até 2001.

CHINA - Os gays chineses, considerados doentes mentais até 10 anos atrás, são hoje vítimas de processos que supostamente "curam" sua orientação sexual, em forma de tratamentos e remédios considerados uma fraude tanto pelo "pacientes" como pelos sexólogos.

Não se pode dizer que curamos 100% das pessoas. Em teoria é assim, mas ninguém acreditaria se disséssemos assim, assinala uma destas clínicas por telefone no documentário "Tratamentos que curam", dirigido pelo cineasta e ator gay Xiaogang Wei e disponível no site "Queercomrades.com".

Alguns destes tratamentos usam a psicoterapia e remédios, como alguns antidepressivos. No passado, inclusive, se usavam descargas elétricas para controlar as fantasias sexuais com pessoas do mesmo sexo do paciente, assinala Efe Wei, nascido na região autônoma de Xinjiang há 35 anos e que hoje mora em Pequim.

Em um país no qual ainda se discrimina os homossexuais, apesar de sua acelerada abertura, estes continuam escondendo sua condição a suas famílias até o ponto de se casarem para evitar os rumores, por isso que são suas esposas as primeiras a recorrer ao tratamento.

Os tratamentos por uma hora podem custar a partir de 300 iuanes (equivalente a US$ 46) só para conversar, explica Wei, que lembra que um hospital da cidade oriental de Nanjing anunciava falsamente ter "curado mais de 300 gays".

Um dos casos mais dramáticos divulgados pelo documentário é o do fotógrafo A Wen: Estava muito apaixonado por um rapaz da minha cidade, em Chongqing. Sofria muito. Um dia tomei meio litro de licor, porque não aguentava mais a depressão. Chorava muito.

Deixei de ir às aulas e o professor falou com meus pais. Essa foi a primeira vez que me mandaram a uma instituição mental. Chorava e dizia que estava tudo bem, mas os doutores não me escutavam. Não disse que bebia porque gostava de homens, assinala A.

Na China, a homossexualidade foi considerada uma doença mental até 2001, quando começaram a surgir clínicas privadas para tratar aqueles que expressavam seu desejo de mudar de orientação.

Apesar de que o Ocidente sempre qualificou de discriminatório o fato de que a homossexualidade estivesse incluída na lista de doenças na China, o certo é que foi uma forma de proteger um grupo que até então era considerado um delito.

Os gays, que sofreram violentas perseguições na Revolução Cultural (1966-76) junto com "minorias", como intelectuais, artistas, professores, comerciantes e religiosos, podiam assim evitar a prisão e submeter-se ao tratamento.

Desde os anos 1950, esses "tratamentos" usavam descargas elétricas para frear as fantasias sexuais, e injetavam hormônios e, outro tipo de torturas, mas "nada funcionou", assegura Wei.

Durante um período determinado se considerou uma doença para proteger os gays do castigo penal, mas este período já terminou. Isso foi durante os anos 1960 e 1970 na China, influenciado pelo psicólogo alemão Richard Freiherr von Krafft-Ebing (1840-1902), explicou àAgência Efe o sexólogo chinês Zhang Beichuan.

Cerca de 80% dos mais de 30 milhões de gays chineses sofrem de depressão e pânico devido a sua condição, por isso que o mercado potencial para estas curas fraudulentas é alto, como mostrou uma primeira e infrutífera tentativa de desembarque em 2007 por parte do movimento americano "ex-gay", muito vinculado à cura mediante a iluminação religiosa.

Dois anos depois foram lançadas cápsulas médicas para curar o homossexualismo, explica Wei, cujos benefícios se desconhecem embora prometem modificar 100% a orientação sexual.

O principal motivo, explica o cineasta, é o dinheiro, mas também um mal-entendido: "o crer que se pode deixar de ser gay".

Eles são normais, embora sejam uma minoria, assinala Zhang. Os tratamentos que oferecem só podem causar amargura, depressão e inclusive desejos de suicídio, já que os acusam de ser anormais.

Tanto este autor como a sexóloga Li Yinhe, famosa por ter pedido diversas vezes a legalidade dos casamentos gays na China, coincidem que apesar desta situação, nos últimos cinco anos, a China experimentou uma enorme abertura.

Acho que nestes 10 últimos anos se progrediu muito. Antes era um problema moral, como a prostituição e a droga, depois foi uma doença, o que já representou um avanço, e agora têm até seus próprios sites, explica Li.

O que falta é mais informação e educação entre a sociedade e na imprensa para frear a discriminação que ainda existe, concluem os dois sexólogos.

Quarta-feira, 29 de Junho de 2011
SP
Esse tipo de gente, não!
Léo Áquilla é impedida de hospedar-se em hotel em São Paulo, e registra boletim de ocorrência contra o estabelecimento.
por Redação MundoMais

SÃO PAULO - Em um vídeo postado no YouTube, Léo Áquilla relata o preconceito que sofreu por parte da gerência de um hotel em São Paulo, no qual ela tentou se hospedar no domingo (26/06), logo após a Parada do Orgulho LGBT.

Segundo Léo, o hotel Vitrine, que fica na Av. Ataliba Leonel, número 44, a impediu de se hospedar alegando que não aceitam "esse tipo de gente" em suas acomodações. Indignada, Léo foi até a delegacia mais próxima e registrou um boletim de ocorrência.

Agora eu vou acionar os órgãos competentes. Vou acionar o CADS (Coordenadoria de Assuntos da Diversidade Sexual), vou chamar a imprensa, e vou fazer o estardalhaço necessário para que o pessoal desse hotel entenda que nós devemos ser tratados com igualdade. Nós somos seres humanos e o meu dinheiro não é diferente do dinheiro de ninguém, disse Léo Áquilla.

Com o boletim de ocorrência em mãos, Áquilla afirmou que pretende abrir um processo contra o hotel. Estou mostrando isso para que sirva de exemplo, para que todo mundo que se sinta constrangido de alguma forma faça o mesmo.

Terça-feira, 28 de Junho de 2011
Gay TV
Canal de televisão voltado para o público gay entra no ar, com apresentação de Regina Volpato, ex-SBT.
por Redação MundoMais

Às vésperas da 15ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, que rolou no último domingo, 25, o Brasil ganhou o primeiro canal de televisão pela internet voltado para o público LGBT. A Gay TV (site.gaytv.com.br) entrou no ar na semana passada, com o objetivo de ser uma vitrine do que está rolando de mais interessante no universo da diversidade sexual.

Já nos primeiros dias, o canal disponibilizou vários vídeos com entrevistas com ativistas, apoiadores da causa LGBT e empresários da noite. É claro que tem uma cobertura bem legal da Parada de São Paulo feita pelo stand do canal no camarote que a Prefeitura montou na Avenida Paulista.

Confira a entrevista com André Almada, responsável pela The Week e The Society:

Segunda-feira, 27 de Junho de 2011
SP
Casamento gay
Juiz de Jacareí autoriza primeiro casamento gay registrado no Brasil, no dia do Orgulho Gay.
por Redação MundoMais

Sérgio Kauffman e Luiz André Moresi durante celebração da união estável, em maio deste ano.Sérgio Kauffman e Luiz André Moresi durante celebração da união estável, em maio deste ano.

Jacareí vai entrar para a história do Brasil nesta terça-feira (28). No Dia Mundial do Orgulho LGBT, a cidade vai acompanhar a primeira união civil entre pessoas do mesmo sexo registrada no país. A Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) confirma a informação.

O cabeleireiro Sérgio Kauffman e o comerciante Luiz André Moresi fizeram um pedido de conversão de união estável em casamento (os dois confirmaram a união estável em 17 de maio deste ano), e receberam a autorização do juiz Fernando Henrique Pinto, da 2ª Vara da Família e das Sucessões, para oficializar a união civil.

Eles estão juntos há 8 anos. O casamento vai ser realizado no Cartório de Registro Civil da cidade, às 10h30, desta terça-feira (28). A partir desta terça (28), Sérgio ganhará o sobrenome "Moresi" do companheiro Luiz André Rezende Moresi. Os dois se casam em comunhão parcial de bens.

Decisão

Segundo o juiz, a diferença é que no casamento entre homem e mulher as pessoas podem ser consideradas casadas quando há uma celebração em que um juiz de paz declara as pessoas casadas. Na conversão de união estável, essa formalidade da celebração não existe, e é substituída pela sentença de um juiz.

O juiz disse ainda que analisou inclusive, o ponto de vista jurídico de acordo com a decisão do Supremo Tribunal Federal, de autorizar a união homoafetiva, e chegou à conclusão de que não haveria como indeferir o pedido, dando a sentença favorável ao pedido. Em sua decisão, que foi apresentada nesta segunda-feira (27), o magistrado levou em conta o artigo 226 da Constituição Federal.

Como oficializar a união estável

Os homossexuais interessados em formalizar a união estável devem procurar o tabelião de notas mais próximo. É preciso levar os originais do documento de identidade e do CPF. O valor da escritura é tabelado e custa R$ 267,92.

Assista o vídeo da união estável de Sérgio e Luiz André, no dia 17 de maio:

Segunda-feira, 27 de Junho de 2011
Declaração polêmica
A deputada e ex-atriz Myrian Rios faz declarações em vídeo na internet, relacionando homossexualidade com pedofilia.
por Redação MundoMais

A ex-atriz e deputada estadual Myrian Rios está causando polêmica na internet, com a divulgação de um vídeo em que ela se manifesta no plenário da Alerj (Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro) a respeito da homossexualidade, e a relaciona a uma eventual prática de pedofilia.

Não sou preconceituosa e não discrimino. Só que eu tenho que ter o direito de não querer um homossexual como meu empregado, eventualmente, afirmou.

Por exemplo, digamos que eu tenha duas meninas em casa e a minha babá é lésbica. Se a minha orientação sexual for contrária e eu quiser demiti-la, eu não posso. O direito que a babá tem de querer ser lésbica, é o mesmo que eu tenho de não querer ela na minha casa. São os mesmos direitos. Eu vou ter que manter a babá em casa e sabe Deus até se ela não vai cometer pedofilia contra elas, e eu não vou poder fazer nada, disse.

Se eu contrato um motorista homossexual, e ele tentar, de uma maneira ou outra, bolinar meu filho, eu não posso demiti-lo. Eu quero a lei para demitir sim, para mostrar que minha orientação sexual é outra, completou.

Eu queria que meus filhos crescessem pensando em namorar uma menina para perpetuar a espécie, comentou Myrian, manifestando-se contra a PEC 23/2007, que visava acrescentar a orientação sexual no rol das vedações a discriminação da Constituição do Estado do Rio de Janeiro.

Confira o vídeo polêmico, com as declarações de Myrian Rios:

Quinta-feira, 23 de Junho de 2011
RJ
Cerimônia coletiva
Casais gays reafirmam publicamente a garantia concedida pelo STF, de obter os mesmos direitos que os héteros.
por Redação MundoMais

RIO DE JANEIRO - Após duas horas de cerimônia, 43 casais homossexuais tiveram suas uniões estáveis registradas no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (22).

No primeiro casamento coletivo gay do país, o auditório da Secretaria Estadual de Direitos Humanos, no sétimo andar do prédio daCentral do Brasil, ficou lotado de amigos e familiares dos noivos.

A cerimônia contou com a presença do secretário do Ambiente e ex-ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, como padrinho. O celebrante foi o desembargador Siro Darlan.

O casal goiano Léo Mendes e Odilo Torres, que protagonizou uma recente polêmica ao ter sua união estável anulada por um juiz, depois validada por instância superior, participou da cerimônia. Somos o primeiro casal a ter uma união estável registrada duas vezes. Para ver como é o preconceito no Brasil, que um gay é obrigado a registrar duas vezes sua união estável, para não vir um juiz e retirar um direito garantido pelo Supremo Tribunal Federal, disse Mendes.

O superintendente da secretaria, Claudio Nascimento, disse que a cerimônia é um desdobramento da decisão do Supremo de reconhecer a união homoafetiva. Nós entendemos que era fundamental celebrar essa conquista e estimular a comunidade gay e lésbica de todo o Brasil a fazer o registro nos cartórios, disse Nascimento.

Para a garçonete Monique Pereira da Silva, o preconceito contra a união entre pessoas do mesmo sexo ainda existe, principalmente na própria família. O dia de hoje representa o começo de uma estrada que a gente ainda tem muito a percorrer. Tem muitas famílias que até hoje não aceitam, então a gente ainda sofre muito com isso, disse Silva, que celebrou a união com a companheira, Tais Oliveira.