quinta-feira, 7 de julho de 2011

Quinta-feira, 07 de Julho de 2011
C e l e b r i d a d e
É inspirador!
Brad Pitt demonstra contentamento com aprovação do casamento gay em Nova York.
por Redação MundoMais

O colírio Brad Pitt, atuando em causas gays.O colírio Brad Pitt, atuando em causas gays.

Quinta-feira, 07 de Julho de 2011
#Eu sou gay!
Está no ar o vídeo do Projeto, que visa o amor e respeito ao próximo. Confira!
por Redação MundoMais

Já está no ar o vídeo da campanha #EuSouGay, idealizada pela jornalista Carol Almeida, e lançada no último mês de abril. OMundoMais ajudou a divulgar o Projeto aqui.

Para participar da campanha, pessoas tinham que segurar um cartaz com a frase #EuSouGay. A videomontagem foi editada pelo premiado cineasta Daniel Ribeiro, diretor de curtas como "Café com Leite" (2007) e "Eu Não Quero Voltar Sozinho" (2010). A música de fundo foi composta por Tatá Aeroplano e Gustavo Galo, e gravada pela Trupe Chá de Boldo.

Entre 12 de abril, quando foi lançada, e 8 de maio, a campanha recebeu 2.500 fotos. Sim, se trata de uma afirmação, de uma postura positiva, solar e feliz. Postura que pessoas de todo o Brasil (e até fora dele) assumiram ao entender que ser gay hoje vai muito além do nome que emoldura uma orientação sexual. Pessoas que, pelo amor e respeito ao próximo, levantaram essa mensagem e mostraram seus rostos, diz texto postado no blog do projeto.

Para enviar foto: projetoeusougay.tumblr.com

Para saber sobre o projeto: projetoeusougay.wordpress.com

Quarta-feira, 06 de Julho de 2011
TO
Pensão para transex
Justiça autoriza pensão por morte de companheiro a doméstica transexual, após recusar pedido em 2009.
por Redação MundoMais

Sara ouve, nesta terça-feira (5), decisão do juiz autorizando pagamento de pensão por morte de companheiro.Sara ouve, nesta terça-feira (5), decisão do juiz autorizando pagamento de pensão por morte de companheiro.

TOCANTINS - A Justiça Federal decidiu, nesta terça-feira (5), autorizar o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) a pagar pensão por morte a uma transexual, que teve o pedido negado pelo instituto em 2009. O benefício foi concedido para Neurival Gomes de Lima, 35 anos, conhecida como Sara. Ela viveu 12 anos com o motorista Ercivaldo Pereira Soares, que morreu em 26 de março de 2009. Cabe recurso da sentença.

A decisão foi tomada dois meses após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter reconhecido, por unanimidade, a união estável entre casais do mesmo sexo como entidade familiar. Na prática, as regras que valem para relações estáveis entre homens e mulheres serão aplicadas aos casais LGBTs. Com a mudança, o Supremo cria um precedente que pode ser seguido pelas outras instâncias da Justiça e pela administração pública.

Estou muito feliz, alegre e me sentindo bem com a decisão do juiz, disse Sara, após a audiência realizada na manhã desta terça-feira, em Palmas. Ela vive em Gurupi, onde morou com o Ercivaldo até ele não suportar o tratamento de câncer no intestino e falecer há pouco mais de dois anos.

A pensão por morte foi assinada pelo juiz federal Adelmar Aires. Na audiência, ele tentou fazer uma conciliação, o que não foi possível. O valor da pensão foi estipulado em um salário mínimo e deve sofrer correção monetária. A decisão considera o pagamento retroativo ao período do pedido do benefício. O descumprimento da decisão prevê multa diária de R$ 100.

No processo, as advogadas de Sara apresentaram documentos que comprovavam a união entre a doméstica e o motorista. Mostramos fotos e contas de água e de luz que vinham em nome de cada um deles, o que mostra que viviam no mesmo endereço. Eles até tinham uma conta conjunta em um banco, que usavam para pagar essas contas da casa, disse a advogada Karine Kurylo Câmara.

Durante a audiência, duas testemunhas, amigas do casal Sara e Ercivaldo, prestaram depoimento e atestaram que os dois viviam juntos.

Sara disse que entrou com pedido de pensão por morte no INSS em abril de 2009, que foi negado sob a alegação de que não havia comprovação de união estável entre Sara e Ercivaldo. Eu preciso dessa pensão porque meu marido não me deixava trabalhar por causa do preconceito, que era muito grande em Gurupi. Hoje, isso é mais leve e não tem tanto. Só agora, depois que ele morreu é que passei a trabalhar para me sustentar.

Terça-feira, 05 de Julho de 2011
Doença antinatural
Ministro da Saúde da Índia afirma que homossexualismo é uma doença, Declaração gerou protestos de ativistas gays.
por Redação MundoMais

O ministro da Saúde da Índia, Ghulam Nabi Azad, gerou uma polêmica no país após ter dito, em uma conferência sobre a Aids, que o homossexualismo é uma "doença" que atinge cada vez mais pessoas. Ativistas disseram que as declarações são um atraso e prejudicam o debate no país.

"A doença dos homens que praticam sexo com outros homens é antinatural e não é boa para a Índia. Não somos capazes de identificar onde está ocorrendo", disse Azad nesta segunda-feira (4).

"É fácil encontrar as trabalhadoras do sexo e conscientizá-las sobre o sexo seguro, mas é um desafio encontrar os homossexuais", acrescentou Azad, em declarações publicadas nesta terça-feira pela agência indiana Ians.

Até 2009, o homossexualismo podia ser punido com até dez anos de prisão. Apesar de não existir mais esta lei, grande parte da sociedade continua alimentando preconceitos e discriminando este coletivo.

"É surpreendente que o ministro da Saúde deste país faça um comentário assim", declarou à Ians o ativista Mohnish Malhotra, um dos organizadores do "Dia do Orgulho Gay" na Índia.

Há na Índia cerca de 2,5 milhões de pessoas contaminadas pela Aids.

A conferência na qual Azad deu as polêmicas declarações teve a presença do primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, e da líder do governamental Partido do Congresso, Sonia Gandhi.

Terça-feira, 05 de Julho de 2011
Lugar de família!
Casal gay perde processo por homofobia, contra a doceria Ofner.
por Redação MundoMais

Lúcio (foto) e o namorado foram repreendidos nas dependências da Ofner.Lúcio (foto) e o namorado foram repreendidos nas dependências da Ofner.

SÃO PAULO - O juiz Marco Antonio Botto Muscari, da 4ª Vara Cível do Jabaquara, julgou improcedente o pedido de indenização por danos morais feito pelo gerente de vendas Lúcio Henrique Serrano contra a doceria Ofner, localizada no bairro dos Jardins.

Em novembro do ano passado, Lúcio e o namorado, Marcelo, teriam sido repreendidos por um segurança da loja após se abraçarem. O funcionário teria dito que "isso aqui [a doceria] é um lugar de família". Em seguida, o mesmo segurança disse que "dois homens se pegando é coisa de bicha". O casal resolveu processar a doceria com base na lei 10.948, que pune administrativamente estabelecimentos que discriminam homossexuais no Estado de São Paulo.

Em dezembro, um beijaço organizado pelo grupo virtual Ato Anti-Homofobia reuniu cerca de 100 pessoas para protestar contra a Ofner. Na época, o gerente da loja, Laury Roman, lamentou o caso e disse que a empresa não discriminava ninguém.

Em sua sentença, o juiz Muscari observou que "ninguém, em sã consciência, é capaz de afirmar atualmente que dois homens ou duas mulheres não possam abraçar-se em local público. Tampouco é possível validar conduta de quem, diante de manifestação de carinho como essa, tente coibir aqueles que meramente se abraçam. A prova oral, em casos como o de que tratamos, é decisiva."

Na opinião do juiz, Lúcio e Marcelo "não conseguiram provar satisfatoriamente os fatos constitutivos do seu alegado direito". Na audiência realizada nesta segunda-feira (4), o casal levou o padre Carlos Alberto, da Igreja Nossa Senhora de Lourdes, para servir como testemunha do caso.

Lúcio e Marcelo pediam R$ 56 mil de indenização.O gerente de vendas explicou que a intenção de processar a Ofner "nunca foi motivada por dinheiro" e que uma das exigências era que a empresa doasse parte da indenização à igreja que ele e o namorado frequentam.

Ainda de acordo com Lúcio, o casal ainda não decidiu se irá recorrer da decisão do juiz.

Segunda-feira, 04 de Julho de 2011
Visita íntima
Conselho recomenda que detentos gays tenham direito à visita íntima. Resolução é de órgão ligado ao Ministério da Justiça.
por Redação MundoMais

Uma resolução do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP) foi publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (4) , para que os detentos gays tenham direito à visita íntima nos presídios do país.

A recomendação do conselho ligado ao Ministério da Justiça sobre a "população carcerária LGBT" é direcionada aos departamentos penitenciários estaduais ou órgãos congêneres.

A resolução ressalta que "o direito de visita íntima, é, também, assegurado às pessoas presas casadas entre si, em união estável ou em relação homoafetiva". Segundo o texto, a direção do estabelecimento prisional "deve assegurar a pessoa presa visita íntima de, pelo menos, uma vez por mês."

Segunda-feira, 04 de Julho de 2011
Jovens terroristas
Suspeito de racismo foi condenado por bomba em Parada Gay de SP. Ele e mais quatro foram detidos por suspeita de agressão no domingo.
por Redação MundoMais

O material apreendido pela Polícia: desde machados a cinto com soco inglês.O material apreendido pela Polícia: desde machados a cinto com soco inglês.

SÃO PAULO - Um dos cinco presos por suspeita de racismo e agressão a negros na região central de São Paulo na madrugada de domingo (3,) já havia sido condenado pela Justiça por crime de intolerância.

Guilherme Witiuk Ferreira de Carvalho, o Chuck, de 21 anos, pegou dois anos de prisão por chefiar uma gangue neonazista, nomeada "Impacto Hooligan", que praticaria crimes violentos contra homossexuais e punks.

O jovem e um colega dele foram condenados por associação criminosa em setembro do ano passado, mais de um ano após o atentado que deixou ao menos 13 feridos. Segundo a polícia, o grupo de Guilherme jogou o artefato em 14 de junho de 2009, por volta das 21h40, na Avenida Vieira de Carvalho, esquina com a Rua Vitória. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou o nome do preso.

Na madrugada deste domingo, policiais civis da 1ª Delegacia Seccional passavam de carro pela Rua Vergueiro, na região da Aclimação, quando um homem de 34 anos acenou pedindo ajuda. Ele disse que tinha sido agredido por um grupo de jovens, que também bateram em mais três de seus amigos. Os suspeitos, com idades entre 18 e 21 anos, foram localizados e presos em seguida pelos policiais, que os conduziram ao 5º Distrito Policial, na Aclimação. Segundo a polícia, outros quatro suspeitos correram ao notar a aproximação do carro.

Durante depoimento, as vítimas contaram que, enquanto recebiam socos e pontapés, os agressores gritavam xingamentos e frases de preconceito, além de ameaçá-los de morte. De acordo com a Polícia Civil, com os presos foram apreendidos três machados, quatro punhais, um facão, uma caneta de ferro com duas pontas e um cinto com soco inglês como fivela.

Um dos agressores vestia uma camiseta preta com uma cruz celta cercada pela inscrição "white pride world wide"(orgulho branco ao redor do mundo, em uma tradução livre para o português), que foi adotada como slogan por grupos skinheads neonazistas de todo o mundo. Outro a trajava uma jaqueta verde que trazia bordada nas costas a palavra skinheads e as iniciais da gangue liderada por Guilherme.

Um operador de 34 anos, um orientador socioeducativo de 31 e dois estudantes, com 20 e 21 anos, foram atacados pelo grupo na altura do número 1.420 da Rua Vergueiro, ao lado da Estação Paraíso do Metrô. Com exceção da estudante de 20 anos, todas as outras vítimas têm pele parda.

De acordo com a polícia, os cinco detidos foram indiciados por tentativa de homicídio, injúria racial e formação de quadrilha. O grupo foi transferido para o 2º DP, no Bom Retiro, onde aguardava vaga em um Centro de Detenção Provisória.

Relembre o atentado ocorrido durante a Parada em 2009: