quinta-feira, 5 de agosto de 2010

FEZ TEM QUE PAGAR

Quarta-feira, 04 de Agosto de 2010
HOMOFOBIA
Julgamento
Julgamento do jovem que matou padre homossexual Hidalberto Guimarães em Alagoas será na segunda, 09
por Redação MundoMais

ReproduçãoO padre Hidalberto Guimarães e Rafael Tenório (destaque)

MACEIÓ – O julgamento de Rafael Tenório, 19, acusado de matar o padre Hidalberto Guimarães, será na próxima segunda-feira, 09, em Maceió. O padre Hidalberto foi assassinado em 07 de novembro do ano passado com golpes de paulada e 18 facadas na sua residência, no Tabuleiro do Martins, na capital alagoana, conforme informou o Alagoas em Tempo Real.

Além de Rafael Tenório, responde pelo crime o menor J.A.C.S, de 16 anos. Presos um dia após o crime, os jovens contaram à polícia que o padre Hidalberto lhes ofereceu uma carona quando saia de um bar no bairro Jaraguá. Depois passaram em um supermercado, compraram cervejas e cigarro e seguiram para a casa do religioso.

Segundo o acusado, depois de beberem, o padre ofereceu R$ 100 para um programa, depois R$ 15, o que motivou a discussão e o crime. Na fuga, roubaram um par de tênis do religioso e um aparelho de DVD. Rafael foi preso após contar para amigos que havia matado “um homossexual”, na Praça Santa Tereza, no bairro Ponta Grossa, onde morava.

Prisão – A informação chegou ao conhecimento da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), que efetuou a prisão. Rafael e o menor confessaram o crime. De acordo com J.A.C.S, ele dormiu após ingerir cerveja. Acordou com o barulho da briga entre o padre e o amigo Rafael. Então, ele ajudou o amigo a matar o padre. Segundo o promotor de justiça Flávio Gomes da Costa, Rafael, também conhecido como “Xiquexique”, vai responder por crime de homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e meio cruel, além de crime de furto.

Heloisa Helena – Quando morreu, o padre Hidalberto estava ordenado na Igreja de São José do Trapiche e atuava na Igreja Matriz de Nossa Senhora das Graças, no bairro de Murici. Formou-se em jornalismo pelo Centro de Estudos Superiores de Maceió, (Cesmac), em 2008. Na época do crime, a vereadora Heloisa Helena (PSOL-AL) afirmou que o crime do religioso era tratado com preconceito por conta dos rumores da sua homossexualidade. “Além de matar a alma, querem matar a imagem do homem honesto e digno que era o padre”, disse a vereadora na época. Heloisa ressaltou o trabalho comunitário do padre. Disse que ele chegou a vender picolés e fraldas para ajudar a comunidade e que se formou em jornalismo com muito sacrifício.

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